META AMOR E FOSSA
Maria Inês Simões

Na calada da noite se esforça em tentar ser o que nunca foi. Perfeitamente produz em imaginação fertilização. Liga o pc em busca de tensão. Varre as salas encontra personalidades fingidas-possibilidades. Compromisso compromete em ser o que nunca será. Divaga nesta ilusão. Já passam das 23h, novo dia se aproxima fala de si em outro ser que encontra poesia. 

23h30 já não é mais o mesmo ser, seu coração apaixonado é o culpado de tanta explosão. Conheceu seu... ”T”. Cara metade e rolam promessas. A pergunta fatal ultrapassa sentidos “quero você” – No mundo longínquo do virtual. Nada mais importa abre a porta na entrega total. Deslizes, matizes, volúpias... Sem igual. Mas... É só virtual. Pega um copo... É só mais um corpo bebe seu cálice. Delícia em distância rouca. Já é madrugada de loucos em nautas. Sem físico sem presença sua sentença. Comete o erro fatal. É só a máquina que integra o outro lado do fio. Presença pavio, circuito em curto. Já é outro dia passou alegria – na queda da energia. Depressão sem pressa atinge o objetivo. Ilusão inclinação exclusiva. Metálica amorfa fossiliza mais uma tentativa. Volta ao real.

fale com a autora

Para voltar ao índice, utilize o botão "back" do seu browser.