SINA
Elaine Brunialti

Infernos.
Sempre foram assim os amores de minha vida.
Demônios sorrateiros que cruzaram meu destino.
Consumindo e envenenando meu ser.
Meteoros errantes marcando o meu corpo.
Após a vertiginosa passagem pelo meu coração.
Assim, aprendi a cultivar a dor que consome os meus dias.
Dor que aos poucos produz a força do renascimento, e
tal qual Fênix renasço em esperança, a cada amor perdido.
Assim, renascida das cinzas geradas nas lavas do ódio,
e que transformadas em lágrimas, jorram dos olhos
vermelhos, carregados de mágoa e rancor.
Juro aos céus: “Renasci sim, vou amar sim, ser feliz sim."
Infernos.
Esse amor não foi diferente.
Ah! sina que me acompanha.
Mais uma vez, não me abandonou à sorte da felicidade.
Mais uma vez transformou minhas horas de amor em torrentes de lembranças tristes, que invadiram minh´alma.
Levando-me ao mais profundo dos infernos onde,
novamente, agonizarei de saudade, de dor e rogarei pelo fim.
Quando novamente, da força dessa sina que me guia
outro demônio surgirá. E na esperança da redenção
o chamarei meu amor...


fale com o autor

Para voltar ao índice, utilize o botão "back" do seu browser.