NERVOS DE AÇO
Edson Campolina

Que toquem todas as canções.
Morto num sofrível passado,
Jaz aquele tempo sombrio
De um coração perdido, acuado.

Ouço a velha cantiga e
Não sinto a solidão apertar-me
Num mundo pequeno, sem passo,
Com nervos pulsando na epiderme.

Hoje meus traços firmes
Circundam na ponta do compasso
A lucidez do amor tranqüilo,
Com pulso de nervo de aço.

Que toquem todas as cantigas
Daquele tempo de desamores.
Pois não mais acalentarão
As lembranças mortas das dores.

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