DOCE E ENCANTADO VAMPIRO
Carvalho de Azevedo
 
 

Vem
Meu doce e encantado
Vampiro
Pousa e repousa
Em mim teu cansaço

De braços abertos
Feito longas asas
Abraça meu corpo
Agora todo em brasas

E num último esforço
Consuma esse ato
Esperei demais
Não quero recato

Vem
Meu doce e encantado
Vampiro
Indefesa, no lençol macio
Sou tua presa, tua fêmea no cio

E no rubro-negro vivo
Persuasivo do teu manto
Quero saciar meu desejo
Perenizar teu doce encanto.
 
 
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