12/06/2006
Bruno Pessa
 
 
Hoje é doze. De junho. Dia em que os enamorados se celebram, se encontram, compram e recebem. Já comprei, nos encontramos, comemoramos, mas não vou esperar receber, embora ela continue a pensar em comprar. Ainda não disse, mas vou interromper. Ontem discutimos e nos pusemos a pensar. Como tive de viajar, assim permanecemos. E como as duas conclusões insistem em não bater, decidi expressar amanhã, quando nos virmos. Hoje as contingências nos separaram, felizmente, para que eu pudesse poupá-la. Mas de amanhã não passa, e isso, é claro, desanima. Por ela, me entristeço. Comigo mesmo, me reconforto, por me ouvir e ousar dizer, doa a quem doer. Se eu a iludir, ocultando a verdade, vai de fato machucar.