FAZ DE CONTA
Tieme Mise
 
 

O cheiro quente e gostoso de pão
Saindo dessa enorme padaria
Sabor da doce rosca e a fantasia
Induz a gula e até salivação.

Na mão, tem o menino, um pão já seco,
Com a fome a passear no corpo ossudo
Olhando pro cartaz cheio de tudo
Em frente ao bar da esquina junto ao beco.

Mordendo com avidez pão bolorento,
Só pensa mastigar o suculento
Rosbife do cartaz ali ao fundo.

No faz de conta a vida segue avante,
E mostra a ilusão daquele instante
Marcando, no guri, a dor do mundo!