Incerto, eu rumo a um estranho encontro ...
Eu só; o astro alheia-se, põe-se quase ausente
Aquém da razão, só eu encontro-me presente
Eis a razão de meu desmedido assombro ...

A alma temerosa é que se acanha ...
diante dessa impetuosidade !
Fantasia, ilusão, crueldade ?
Ínfimo o tempo, a pressa tamanha ...

Divago: eu caminho, encabulo,
tento outro lado, outro rumo
para contornar o incerto legado ...

Céus! Que tortura: um só ombro !
É tão pouco pra desmedido assombro ...
Que eu assuma meu cálice sagrado !