NAU CAPITAL
Mairy Sarmanho

Quando me percebi no mundo, descobri que as coisas já obedeciam uma ordem estipulada por outro viajante, mais rápido, mais forte, mais cruel. E tentei, sabe-se quantas vezes tentei, ultrapassar as barreiras que a existência me condenou. Mas as coisas são o que são e nada acontece por acaso, eu acreditava...

Não sei quê ou quem pode comandar a grande nave da humanidade. Somos apenas marujos ou comandantes, atores coajuvantes ou diretores dessa trama que se chama vida? Quando me coloco em posição de comando, não gosto do papel que tenho de assumir: responsabilidades demasiadas, atribuições injustas, fortaleza que não sou. Quando me colocam na posição de marujo, também não gosto do meu papel: detesto ser mandada, conduzida, guiada. Acho estranho não haver um papel intermediário, onde podemos optar por não participar, onde podemos optar, simplesmente...

A verdade é apenas uma: não existe a verdade. E a vida não passa de um sonho...

Talvez eu esteja certa.

Ou errada.

Cabe a você, leitor, decidir como termina esse texto.

Ou como terminará nossa vida...

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