MATRIX (POR DENTRO) FALA DO "RELIGARE"
Lula Moura

Certas vezes, uma inquietude interna, parece querer romper (numa espécie de erupção) as idas e vindas do processo encarnatório, para tentar driblar o Sistema, fazendo brotar uma imagem na nossa consciência, e nos colocando diante daquelas três perguntas básicas, que vão clarear o parágrafo, mas só o parágrafo:

- De onde viemos?

- O que estamos fazendo aqui?

- E, para onde vamos?

Complicou, não é mesmo? Complicou...

Ah, se eu pudesse responder essas perguntas... Se nós pudéssemos...

Será que tudo que buscamos, no dia-a-dia, trabalhando, estudando, produzindo... E trabalhando mais, estudando mais, produzindo mais e mais, e mais... Ou não. -caetaneando-

Sobrevivendo, consumindo, prosseguindo (mesmo?)...

É o alvo? Será esse é o objetivo final?

Fiquei pensando... (juro, que às vezes faço) (sim, eu posso) (acredite, você também) (aí, já é demais?) (concordo!) (chega de brincadeiras e voltemos ao texto).

Enfim, deve haver um algo mais que explique essa inquietude eruptiva. Um caminho...

Na minha opinião (e na de uns outros), o filme Matrix, pasmem alguns, fala disso. Matrix, no filme de fora, mostra uma ficção científica recheada de efeitos especiais maravilhosos que encantam e prendem a todos, mas que, mais importante do que isso, no filme de dentro, traz um simbolismo, que, pasmem alguns (novamente), nos remetem ao antigo e famoso Evangelho, que por sua vez, pasmem alguns (só mais esta), também tem um "filme de dentro", que no seu simbolismo, mostra um caminho. Agora, volte lá no início do parágrafo, e leia de novo, vale a pena (eu já fiz isso). E pense. Reflita, medite, e continue inquieto com a tese.

Esse caminho seria, na minha opinião (e na de uns outros), a verdadeira religião. Não a religião como os historiadores, sociólogos ou antropólogos estudam (grupos fechados com determinado rótulo), digo a religião na mais pura essência da palavra, que teve origem no latim "religare", ou seja, religar. Religar ao universal, num ponto maior, de procedência, de volta...

Você, como eu, deve estar se perguntando: - Será que é isso?!

Estou certo, estou errado? Não sei. Só sei que penso assim, mas posso estar enganado... Ou não (Viva Caetano!).

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