O INFERNO DE UMA ETERNA VIAGEM
Bruno Lacerda

João é um respeitado caçador. Ele mora em BH e viaja para caçar. Em todas as viagens que fazia era bem sucedido e matava quantos animais quisesse. 

Ele era responsável por muitas pálpebras se fecharem. 

Seu maior sonho era conhecer o mar. Apesar de viajar muito, João nunca tinha ido a uma praia; João nunca conhecera o mar. 

Certa vez, ele foi a uma bela praia em Salvador. As águas não eram de tudo cristalinas; porém, as praias eram muito bonitas. 

Ele entrou no mar pela primeira vez. Ele estava emocionado. 

João foi mais para o fundo: Resolveu nadar. Ele era bom nadador, porém nunca havia experimentado a fúria do mar. Aliás, esse exímio caçador nunca havia experimentado a fúria da natureza. 

João deitou-se e começou a nadar. Nesse momento, ele estava muito emocionado. 

Começou então, a pensar no futuro presidente de nossa pátria. Lula poderia fazer um bom governo. Seu único problema era a falta de conhecimentos de línguas. Imaginou Lula conversando com o presidente da Escócia, da Irlanda e de tantos outros países. Como seria isso? Algo do tipo: "- Oi companheiro". E nada mais, pois Luís Inácio não entenderia a fala dos presidentes de outros países e, a recíproca também seria verdadeira. Pensou então, como nossa língua é desvalorizada. Uma grande prova disso seria o fato dos outros presidentes não entenderem Lula. As ondas estavam fortes e violentas e estavam puxando João para o fundo; porém, ele não percebia. 

Imaginou um belo jogo de futebol de campo e de praia. Se imaginou dando dribles e marcando muitos gols. Imaginou a torcida gritando seu nome e... As ondas, cada vez o puxavam mais para o fundo. 

Imaginou-se caçando e matando muitos animais, porém não pensou que a caça poderia ser ele. Imaginou-se tomando uma cervejinha ao sair dali, mas... Não se fez uma pergunta: Será que sairia? 

Em sua última gota de fôlego, viu os guardas pulando na água para tentar salvá-lo, porém, tudo em vão. As ondas já o carregaram demais. Assim, João perdeu os sentidos e o mar, representando a natureza, fechou as pálpebras de um especialista em mortes. Assim, a natureza mostrou sua fúria, fúria esta que o homem ou não conhece ou finge não conhecer. 

O homem fecha pálpebras de elementos da natureza; em contrapartida, a natureza dá a resposta, fechando pálpebras de humanos. 

Estamos em uma grande guerra. Nesta, não há vencedores. E enquanto o ser inteligente, homem, não se conscientizar e parar de destruir quem o construiu, pálpebras se fecharão sem cessar e muitas vidas serão perdidas por pouca coisa. 

fale com o autor

Para voltar ao índice, utilize o botão "back" do seu browser.