PANE-SECA
Bruno Lacerda

Estamos no final do ano. Para ser mais preciso, estamos no dia vinte e oito de novembro. Eu estou a escrever mais um texto para os Anjos de Prata. Você, leitor, pode me perguntar: "_E daí?". Eu posso, simplesmente, não saber dar a resposta.

A verdade é que escrevo hoje, em um computador meio atrapalhado, apenas para participar da atualização dos Anjos. Nesse momento, às sete e vinte e cinco da noite, deve estar passando "O Beijo do Vampiro". Agora, nesse exato momento, eu não sei como falar do tema proposto. Meu computador cerebral, foi atingido por um vírus que fora antes eliminado, mas que agora voltou com força total: O Vírus do Cansaço. Você, leitor, já foi atingido por esse vírus? Meu "Windows dois mil e dois mental" não quer reiniciar e eu, estou perdido. Meu leitor pode estranhar esse fato, visto que meus outros textos tiveram bom conteúdo. Porém, digo e repito: Estou sem idéia, sem cérebro e, por isso, sem pensamentos e sem palavras.

Eu poderia simplesmente não participar dessa atualização, pois está difícil enviar este texto, uma vez que eu não o sei enviar, visto que não sou mestre na arte de ver (não foi me dado esse Dom, que não me faz tanta falta assim), e hoje é a primeira vez que minha mãe, meu braço direito, tentará enviar, então, não sabemos se vai dar certo; (antes, quem enviava meus textos era um grande amigo; este, pode também enviar este texto, se a tentativa de minha mãe não dar certo).

Vocês, leitores, podem estar achando chato esse papo de mãe e grande amigo. Você, pode estar pensando em parar de ler esse texto chato e sem nexo. Peço desculpas e volto a dizer que meu cérebro está submetido a uma Pane-Seca; peço-vos compaixão e paciência. Vocês podem então, perguntar-me por que eu estou escrevendo esse texto para participar da atualização, se não é necessário, uma vez que participei de todas as atualizações até agora e se faltar uma vez não sairei dos anjos. Eu entendo a pergunta e posso respondê-la.

Alguns, se sentem bem indo à missa e sendo uma pessoa muito religiosa. Outros, se sentem muito felizes ao ajudar uma pessoa. Eu, me sinto feliz ao exercer minha profissão: Escrever. Eu me sinto bem ao mandar aos Anjos de Prata meu texto, mesmo que este seja ruim. Anseio pelo dia da saída de um novo tema pois assim posso expressar o que penso e o que sinto, ficando, pois, livre e com a consciência limpa. Em outras palavras, ao escrever tenho comigo, uma alma lavada e purificada de todo o mal. Esta alma, leitor, é a minha. 

fale com o autor

Para voltar ao índice, utilize o botão "back" do seu browser.