HÁ MAR
Adilson Sobrinho

Quando caminhas pela areia, és observada por olhos, ora verde, ora azuis, uma visão, um privilégio, uma insinuação.

Gelo quebrado, resistência vencida, se entrega aos poucos e és acariciada, embaraçar de pernas e lânguidos e constantes vais e vens que lambem deliciosamente toda extensão de seu corpo.

Você se deixa levar, mergulha por inteiro nessa aventura, és tomada, és domada, possuída e envolta naquelas carícias, orgasmos precoces, fugazes e fatais.

Retomas à mesma areia, ao mesmo passo, e como que realizada, não consegues esconder uma satisfação que parece tamanha...

Não tinha de ser assim, mas inevitavelmente, mordo-me de ciúmes do mar.

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