PRAZER AZUL
Rodrigo Stulzer Lopes

- Vamos, você vai gostar da brincadeira - ela segurava a venda na frente dos olhos de Vitor.

- Olha Marta, eu nunca brinquei destas coisas.

- Não se preocupe, você nunca vai sentir nada igual, aproveite.

Marta levou a venda aos olhos de Vitor. Ele segurou sua mão por um momento, mas sob o olhar doce e sensual de Marta, rendeu-se aos encantos e deixou a escuridão tomar conta de sua visão.

"A Marta é muito boa e gostosa, como fui conseguir esta barbada? Será que ela ficou com ciúmes porque eu saí com a irmã dela? Vou aproveitar bem esta noite. Depois dou um pé na bunda desta vaca. Mulher não pode ser assim; ficar se oferecendo para os outros."

- Marta, como estou excitado; nenhuma mulher teve a coragem de brincar deste jeito comigo.

"Sujeitinho malandro este, acha que é o gostosão; fica com uma menininha, usa, e depois joga fora. Coitada da minha irmã, chora até hoje por causa deste vagabundo."

- Vitor, você está cada dia mais bonito e gostoso - disse Marta, retirando a camiseta do rapaz. - Vou fazer você gemer bem devagarzinho, enquanto tiro cada peça de suas roupas.

"Vem logo, tira tudo rapidinho e senta aqui em cima de mim."

- Isso Marta, bem lentinho, é isso que eu gosto.

"Seu porco, deveria usar desodorante, ou pelo menos tomar banho. Como é que a Mirian teve coragem de querer perder a virgindade com uma homem como este?"

- Pode deixar benzinho, temos a noite inteira para brincar.

Marta retira as meias e sapatos de Vitor e vai até a cozinha. Abre o congelador e pega algumas pedras de gelo, colocando-as em um copo alto.

"Vamos lá Marta, não tenho todo o tempo do mundo. Quem sabe ainda consigo ver o segundo tempo do jogo."

- Ei gostosa, onde você foi? Estou esfriando por aqui.

"Vai esperando. Daqui a pouco você vai estar mais frio do que estas pedrinhas de gelo."

- Estou aqui amorzinho, trouxe uns brinquedinhos para nós.

Vitor levanta as mãos e começa a esfregá-las entre os seios de Marta.

"Tira estas mãos sujas daí, seu pilantra. E pensar que foi a primeira e única vez da Mirian. Como pode?"

- Calminha aí apressadinho, vou ter que fazer você ficar mais quietinho.

"Epa, a mulher tá regulando. Já vi que a coisa vai demorar mais do que eu queria."

- Há, vem cá - disse Vitor, puxando Marta e esfregando as mãos na sua bunda.

"Tá, aí já foi demais. Se eu deixar este cara solto ele é capaz de me estuprar."

- Calma garotão, vamos deixar a brincadeira mais gostosa ainda.

Marta abre sua bolsa. Um objeto comprido e pontudo reluz na penumbra do quarto. Ela coloca-o silenciosamente ao lado da cama e retira da bolsa um par de algemas.

"Agora você vai ficar mais quietinho, com estas mãos nojentas longe de mim. E pensar que a Mirian soube do resultado do exame de sangue sem querer, num exame de rotina. Como o fim de uma pessoa pode ser decretado tão rápido?"

- Agora você é o meu bandido. Eu sou a policial e vou te algemar. Coloque as mãos para trás!

Ela puxa os braços de Vitor com força de encontro às suas costas.

"Ei, sua puta, isso está me machucando!"

- Vai com calma, Martinha, não se empolgue!

Vitor, vendado e algemado, é uma presa fácil para Marta. Ela o deita de lado e retira um cubo de gelo do copo.

"Vai achando que você vai me comer. Isso só deixa a minha vingança mais doce. Foi um choque para a minha família. Mirian, a mais nova e delicada; AIDS!"

- Agora você vai gemer de tanto tesão, meu amorzinho.

Marta retira as calças de Vitor e começa a passar o gelo pelo seu pé direito, subindo até o encontro das pernas e descendo novamente pelo outro lado. Vitor grita baixinho, misturando dor e prazer.

"Ai, isso queima!"

- Hmmmm, Hmmm, Marta, Hmm, pára...

O sexo de Vitor estava totalmente ereto, quase saindo para fora da cueca preta.

"A pobrezinha só entendeu o que estava acontecendo depois que começou a ter aquelas manchas horríveis pelo corpo. E o pior é que este maldito não tem nem uma pintinha pelo corpo."

- Só faltou a sua cuequinha, meu gostoso.

"Vai logo, arranca este negócio de vez que eu vou explodir!"

- Vai Martinha, tira. Tira que eu quero você.

Marta retira calmamente a última peça de roupa de Vitor.

"Agora você está pronto para pagar pelos seus pecados."

- Nossa, nunca pensei que você fosse tão grande. Eu já estou ficando toda excitada.

Ela mexe na bolsa. Uma mordaça de couro é a próxima surpresa.

"Pronto, preso e vendado. Agora só falta calar a boca deste filho da puta."

- Ai gostosão, você não imagina como estou. Nunca fiz isso antes com alguém.

"Espero que o próximo sortudo não tenha que esperar toda esta encebação."

- Agora não falta mais nada. Vem aqui em cima de mim. Te quero inteira.

"Ainda não, falta deixar você quietinho."

- Ainda não querido, falta colocar esta mordaça na sua boquinha. Você vai gemer tão alto quando eu sentar em cima que não quero que os vizinhos escutem.

Vitor estava tão excitado que nem se queixou do novo aparato. Levantou o rosto e deixou o couro negro ser amarrado na sua boca.

Algemado, vendado e agora, amordaçado. A cena era perfeita para qualquer filme erótico.

"Isso é pela minha pequena irmãzinha. Ela é uma condenada!"

- Agora relaxe, que a Titia aqui vai fazer um trabalhinho bem gostoso no seu pipi.

Marta pega o pênis de Vitor e começa a massageá-lo. Faz movimentos circulares e verticais, deixando-o ainda mais duro e ereto.

"Até que enfim chegou a hora. Vou lambuzar esta putinha para ela aprender a não se enrolar tanto na hora de transar."

Marta pega o objeto ao lado da cama. Uma lâmina grande brilha, iluminada pelo abajur. O cabo firme, de um azul já desgastado pelo tempo denuncia a sua idade; faca comprida e gasta, muito usada no açougue do seu pai.

A mão aumenta os movimentos no pênis de Vitor. O excitamento dele é visível. Suas pernas começam a se mexer e o suor escorre no corpo todo. O clímax está próximo.

Ela nota o gozo chegando, o pênis se expandindo e as nádegas de Vitor contraindo-se.

"Olho por olho."

A lâmina eleva-se em suas mãos quando Vitor contrai fortemente as pernas.

"Dente por dente."

A mão de Marta aperta com força o membro prestes a explodir.

A faca desce.

A lâmina decepa o membro, exatamente no momento em que ele ejacula.

Vitor sente um enorme calafrio percorrendo-lhe a coluna. Um líquido quente escorre pelas suas pernas. Nunca tinha sentido um gozo tão intenso; estava realmente nas nuvens.

Desmaia. Este fora o seu último prazer; o mais forte e o mais intenso.

Marta olha a mistura de sêmen, carne e sangue. Mirian estava vingada.

Ainda com o membro pulsando em suas mãos, dirige-se até o banheiro. Abre a tampa do vaso, olha para o pênis inerte e larga-o na privada. Aperta a descarga e vê o turbilhão de água, num redemoinho incontrolável, levá-lo embora.

Lava as mãos e as seca. Volta para o quarto, penteia os cabelos e coloca o batom. Os lençóis brancos e o sangue grosso e abundante dão um tom surrealista à cena.

Olha-se no espelho e ajeita o vestido. Sai do apartamento com um sorriso de dever cumprido e uma forte umidade no meio das pernas.

fale com o autor

Para voltar ao índice, utilize o botão "back" do seu browser.