APERTANDO OS CINTOS
Bruno Pessa
 
 

É fato: precisamos amadurecer com tudo isso chamado vida.

Não tem sido fácil seguir. A inocência dos sonhos é cada vez mais utópica.

Sim, dói um pouco, mas não chegaremos lá apenas com planos - enquanto não surgem, temos de renová-los a cada fim de noite.

Limitações existem e nem tudo que resta dá certo.

Portanto, filtremos o que é válido, formando cabeças e enrijecendo corações diante das fracassadas idéias.

Colhamos somente o que vingar aos nossos olhos, convictos de mais valer a disposição em plantar do que a quantidade dos frutos.

Saibamos que vão nos desencorajar, vão duvidar, vão até mesmo rir.

Sem grilos, pois lá no fundo a certeza de só depender de nós é o bastante.

E se o futuro se mostra duvidoso, porque não apostar no sim da roleta dos desejos?

Um dia por vez, os pés sempre no chão. Já os olhos, nunca.

 
 

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