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       Trêmula 
        carta em minhas mãos, goteja 
        Água pura e meu coração lampeja 
        O sal da terra o sal do mar que almeja 
        A vida luz que minha alma deseja 
      Não 
        são as palavras que me corroem, o tempo 
        São as intenções que me destroem, a tempo 
        Na tentativa de findar a vida 
        Li esta carta pra abrir ferida. 
      Ninguém 
        gosta de ti - dizia ela 
        Eu te odeio ainda mais, reli 
        No conta gotas da terceira página 
        A consciência busca o coração, e ri. 
      Na 
        impaciência deste ódio infame 
        Sai à rua sem nenhum vexame 
        Tratei de ir a sua casa bendita 
        Pra te expor meu amor, maldita! 
      E 
        sem pensar quando abriste a porta 
        E sem pensar apontei o cano 
        E em referência a um triste engano 
        Hoje é Marta e não Lola que está morta. 
      
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