NUNCA E NADA
Carvalho de Azevedo
 
 

Do quase nada
Que restou
Da paixão
E do amor
Vividos
Com tanto ardor
Há uma lembrança
Que jamais se apagará,
Como que incrustada
A ferro e fogo
Nos arquivos
Das minhas
Ternas e doces
Lembranças.

A tua fidelidade,
Quase servil.
Teu carinho,
Tua vontade insuperável
De amar e seguir
De cuidar do amor
Em cada dia
Em cada noite.

De tudo
Que aprendi
Contigo
A lição mais exuberante
Foi a doação
Da tua vida
Para que o amor
R
enascido a cada instante
De nossas vidas
Não fenecesse jamais.
Pena eu não ter aprendido
Nunca e nada!