Nada mais bárbaro do que a barbárie contra a infância assassinada cruelmente por alguém sem alma. Deve ser o fim dos tempos, ou, no mínimo, o fim da nossa sociedade infame. Um século tomado pelas tempestades, pela indulgência, pela crueldade, pela abstenção de tomar nas mãos a rédea do destino, pelos furacões, chuva torrencial e, principalmente, maldade explícita. Nasceram milhares de humanos sem coração, sem escrúpulos, sem dignidade e sem amor. Criaturas hostis e todos fingimos que não existem. Os sociólogos fazem discurso sobre miséria, os políticos falam que nada pode ser feito, o povo fecha os olhos na esperança de que não aconteça consigo. Mas o mal está presente, e só não vê quem não quer.

O pequeno João que tinha vindo para guiar o novo mundo, está morto. Foi trucidado por um desses párias. O pequeno João que gostava de desenhar corações está morto enquanto o pária está com sua trupe tentando justificar o injustificável.

E há quem ainda acredite em futuro.

Infelizmente, o futuro é uma carta marcada com sangue e imbecilidade.

Futuro não há.

Assim como não há mais o pequeno João com sua bondade feita por Deus para nos salvar e guiar...

Agora vamos todos colher os frutos que plantaram...