PRÓXIMOS E PRÓXIMOS
Sandro Nicodemo
 
 

Qual a importância que damos aos nossos próximos? Próximos momentos, o maior grau de importância possível! Próximos como pessoas, caso tenhamos tempo! É isso?

Estamos acostumados a nos preocupar, cada vez mais, com o nosso futuro, seja o próximo emprego, próximo relacionamento, próximo carro, próximo salário, próximo ano, próximo aniversário e tantos outros “próximos” momentos que acontecerão em nossas vidas. O sistema nos impõe! Estamos certos? Em partes, ao meu ver. Quando isso não afeta o esquecimento do passado e presente, dos marcos de nossas vidas, do trânsito pelo qual passamos.

A partir da hora que nos preocupamos com os próximos momentos, esquecemos de nos preocupar com o nosso próximo “pessoa”, ser humano! Os que estão agora à nossa volta! Não temos tempo de nos dedicar ao nosso próximo “pessoa”, pois isso acarretará em um atraso em nosso próximo momento.

O individualismo vai tomando conta da nossa vida, nos consome, nos domina, deixando-nos menos amáveis para com as pessoas ao nosso redor, nosso próximo que é presente! Ao mesmo tempo, vamos alimentando nosso próximo momento, nos preparando para vencer o inimigo (que inimigo? Nosso próximo?).

Vamos vencendo, crescendo, atingindo objetivos, transitando pelos próximos momentos e cada vez mais deixando de amar o próximo “pessoa”, esquecendo os momentos passados e presentes, nos tornando menos amorosos e amáveis.

É necessário um balanço muito bem ponderado entre as duas situações, os dois tipos de próximos, já que um pode influenciar o outro. Os dois tipos necessitam de dedicação, mas tomemos cuidado na hora de priorizá-los.

 
 
fale com o autor