REAIS INTENÇÕES
Adão Jorge dos Santos
 
 

Quando conheci Cleuza foi tesão a primeira vista. Deste o momento em que vi tudo ficou diferente, o mundo ficou mais colorido e com mais graça. Eu queria apenas Seduzi-la, fazer amor com ela a qualquer custo. Inventei uma cantada furada que para minha surpresa funcionou muito bem.

Tentei de tudo para que ela ficasse comigo aquela noite. Prometi mundos e fundo e nada. Ela estava irretudível. Eu ofereci flores. Dei presentes caríssimos, me doei todo e ela só dizia que não. Não não e não!.

Desde o momento em que coloquei os olhos nas curvas dela e foi o meu fim. Não lembro do seu rosto, se era gorda ou magra. Apenas lembro do pescoço pra baixo

No dia em que ela me convidou para ir na sua casa, quase não acreditei que iria finalmente possuir aquela mulher maravilhosa. Tomei um banho demorado, fiz a barba e derramei meio vidro de perfume barato no corpo. No caminho comprei flores e um bom vinho para causar boa impressão. Ela estava no papo. Era tão certo quanto quatro mais quatro é oito.
Cheguei na casa dela todo faceiro, era todo sorriso. Bati na porta e esperei que ela viesse me receber toda linda, pronta pro uso. Demorou um pouco, mas finalmente a porta foi aberta. Quem abriu a porta foi um homem idoso, de óculos fundo de garrafa, calvo e com cara de poucos amigos.

Eu não sabia o que estava acontecendo e nem quem era aquele homem desconhecido na casa dela. Ele me convidou a entrar e disse que a Cleuza ja iria falar comigo. Havia outras pessoas na casa que eu não conhecia. Fui conduzido ate o meio da sala onde Cleuza já estava me esperando. Ela parecia apreensiva com alguma coisa, percebi isto nos seus olhos. Então o homem que havia aberto a porta começou a falar:

_Bem meu jovem, quais são suas reais intenções para com a minha filha? Ela só sai desta casa pra casar.......