Atualização nº 187 - ESCRAVO
BIOGRAFIA
TEU ESCRAVO
Nelinho Moraes

Foi só uma vez
Uma única vez que te vi
Mas não consigo esquecer
Aquele rosto meigo
Jeito de menina pequena
De mulher ainda não madura
Foi só uma vez e não mais
Nem mesmo nos falamos
Descobri seu nome por acaso
Nem apresentado fomos
E agora?
Fico sonhando
Sonhando e imaginando
Imaginando e tentando
Tentando adivinhar por onde andas
O que pensa e o que fazes
Minha doce menina
Menina pequena
Jeito doce e meigo
Meigo e tímido
Selva ainda não desmatada
Fruta que não amadureceu
Lábios com os quais eu sonho
Corpo e escultura que queria tocar
Foi só uma vez
Mas não consigo esquecer
Seu jeito doce
Meigo e tímido
De menina suave
Brisa de uma só manhã
Fui um covarde
Estavas ali na minha frente
A menina mais bela que já vi
Mas não tive coragem
E agora choro
Choro tanto
Sofro tanto
De saudades de alguém
Alguém que nunca tive
Mas que jamais
Jamais poderei esquecer
Minha doce e adorável
Virgem desconhecida
Mata ainda não desbravada
Fonte cristalina
Da qual ninguém nunca bebeu
Eis-me aqui princesa
Teu pobre poeta apaixonado
Teu para sempre escravo
Foi só uma vez
Uma única vez
A melhor de todas
A mais perfeita e bela
Estava ali e eu
Eu fui apenas um covarde
E agora sofro
Sofro e choro
Choro e sonho
Com você
Minha menina
Razão destas linhas
Que acabo de lhe dedicar
Minha doce e adorável
Adorável e bela
Onde estiver
Perdoe-me
Mas te amo ... demais
E pra sempre
Escravo deste sentimento serei
Volta ... volta

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