Atualização nº 187 - ESCRAVO
BIOGRAFIA
TORTURA
Suzana Garcia

Quando o poeta permite que as palavras possam fluir
Assim, do nada
Ele sabe o que está dizendo
Quando o poeta permite a construção lúdica do amor
Assim, do nada
Ele sabe porque esta sentindo
Quando o poeta permite a sequência sem rima
Ele certamente espera uma emoção
Quando o poeta nos chama
Ele certamente deseja nossa atenção
Para versos reversos
Rimas no ritmo do coração
Métricas no pulsar da paixão
Quando o poeta permite a leitura do seu eu poético
Entrega-se ao não poder
Viver o que deseja no seu íntimo
Quando o poeta relê seus versos,escravo da dor
Vive novamente o não vivido
Beija lentamente os lábios da amada
Entrelaça seus dedos aos dela
Fita-a com ternura e diz:
- Amor... nunca rimará com dor

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